domingo, 20 de maio de 2012

Papo Sobre Anime – Os clichês dos animes shonen


Existe um milhão de clichês dentro dos mangás/animes shonen. Eu selecionei 10 clichês básicos de todos os mangás/animes de sucesso. As características dos personagens principais se repetem demais e é impossível não deixar de notar. Vamos aos clichês e seus exemplos…
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Naruto o rei dos Clichês!

 Clichê 1 – O personagem principal gosta de comer muito!
 Exemplos: Goku, Luffy, Naruto, Okumura Rin (Ao no Exorcist) e o mais óbvio Toriko.
 Clichê 2 – O personagem principal é extremamente ingênuo e não é inteligente.
 Exemplos: Goku, Luffy, Naruto, Shurato, Okumura Rin.
 Clichê 3 – A maioria das mulheres nos animes shonen possuem belos pares de peitos. Bem grandes!
 Exemplos: Nami e Robin de One Piece, Bulma e Chi-chi de Dragon Ball Z, Hinata e Tsunade deNaruto, Orihime Inoue e Rangiku Matsumoto de Bleach, Moriyama Shiemi e Kirigakure Shura de Ao no Exorcist, Elza e Lucy de Fairy Tail e tantas outras que temos por ai.

Clichê 4 – Alguns personagens são tarados e não dão sorte com mulheres!
Exemplos: Mestre Kame de Dragon Ball, Jiraiya de Naruto, Sanji e Brook de One Piece.
Clichê 5 – Os personagens principais precisam treinar e aprender novas técnicas para poder derrotar os vilões!
Exemplos: Mais uma vez, Goku, Luffy e Naruto na categoria.
Clichê 6 – Os personagens possuem algum tipo de energia vital.
Exemplos: Ki de Dragon Ball Z, Chakra de Naruto, Haki de One Piece, Cosmo deSaint Seiya, Soma de Shurato, Reiatsu de Bleach, Nem de Hunter x Hunter e tantos outros…
Clichê 7 – Animais que conseguem falar!
Exemplos: Tartaruga do Mestre Kame em Dragon Ball, Kuchiyose no Jutsu (Técnica de Invocação) em Naruto onde a maioria dos animais invocados conseguem falar. O gato Kuro de Ao no Exorcist, Happy de Fairy Tail e vários outros.
Clichê 8 – O personagem principal é extremamente forte e possui um poder oculto!
Exemplos: Luffy, Naruto, Okumura Rin, Goku, Ichigo e Natsu.
Clichê 9 – O personagem tem um poder de cura estilo Wolverine!
Exemplos: Mais uma vez, Goku, Luffy e Naruto na categoria.
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Goku é o precursor dos clichês nos animes shonen modernos!

Clichê 10 – Vilões que viram amigos após uma luta!
Exemplos: Ikki e Shiryu em Saint Seiya, Gaara emNaruto, Franky em One Piece, Vegeta em Dragon Ball Z.
Clichê Bônus: O personagem principal é órfão!
Exemplos: Goku, Naruto, Luffy, Natsu, Seiya, Okumura Rin.

E você conhece mais algum clichê? Conta pra gente nos comentários.
Até a próxima coluna!

Brasil em Relação com os DVDs de Animes


Porque DVDs de Anime Não Fazem Mais Sentido no Brasil

Confesso que o título foi só para fazer você clicar no link – algo como ANIPLEX USA, Madoka Magica e DVDs de Anime no Brasil faz mais sentido pensando-se friamente, mas debaixo deste artigo permeia a ideia que dá título a este. Aproveite os dois títulos confusos e gigantes e leia o artigo a seguir.
Enquanto aqui no Brasil temos o [re]lançamento de One Piece como o grande assunto do momento quanto ao mercado interno, nos Estados Unidos tivemos o lançamento da primeira parte [de três] do anime de 2011, Mahou Shoujo Madoka Magica, em um kit, voltado para colecionadores, que é simplesmente fantástico.
Como vocês podem ver na imagem acima, o pacote inclui:
1 – Três discos: um com o Blu-Ray, outro com o DVD e um terceiro com um CD contendo a Original SoundTrack [Trilha Sonora]
2 – Slipcase para acomodar a Edição de Colecionador
3 – Capa reversível com os dois lados impressos para o case com o BD+DVD
4 – Capa com os dois lados impressos para o CD contendo a OST
5 – Folheto com 24 páginas contendo: entrevistas com a equipe e os dubladores; character designs; manga em formato 4koma desenhado pela character designer Ume Aoki; galeria de arte exclusiva por Gekidan Inu Carry [designers da série]; e muito mais.
6 – Pôster exclusivo com os dois lados impressos
7 – Cartões postais exclusivos das Ilustrações de PreView dos episódios 1 a 4
8 – Stickers exclusivos do mascote Kyubey
Tudo isso, contido em uma bela de uma caixa, é oferecido para qualquer um que esteja disposto a pagar a bagatela de noventa e cinco dólares por cem minutos de material produzido para a TV, o que é claramente um absurdo cometido pela ANIPLEX USA, subsidiária em terreno gringo da maior produtora de animes da atualidade, em prol de querer replicar nos Estados Unidos o mesmo modelo que dá certo no Japão: vender um produto de luxo por um preço abusivo para lucrar muito mesmo vendendo pouco.
Para efeito de comparação, o lançamento de Kuragehime feito pela distribuidora local FUNimation tem o preço de capa em setenta dólares que dão direito aos onze episódios da série de 2010; e para pegar um exemplo fora do âmbito da animação japonesa, o muito aguardado lançamento do Blu-Ray do fenônemo que é Game of Thrones custará oitenta dólares.
Sendo que mesmo estes preços [afinal, você pagaria quarenta e cinco dólares [aproximadamente oitenta reais] mais frete em onze episódios de anime e ainda se consideraria uma pessoa sortuda que soube comprar na pré-venda?] são considerados muito fora da realidade brasileira – c’mon, muitos devem pensar que mais de vinte reais em um anime de 1-cour já é o “absurdo dos absurdos”, sendo que fica quase difícil ampliar o mercado de venda a qualquer nicho maior que os efetivos colecionadores – imagine com este padrão que lembrando, a potencial maior empresa do ramo, quer trazer para fora do Japão.
Na resenha do citado DVD feita “com muito amor e carinho” pelo Anime News Networktem uma passagem que chama a atenção ao afirmar que
It’d have been nice if they’d charged $100 for the complete series in one box with no frills.
Seria legal se eles cobrassem cem dólares pela série completa em um box sem qualquer frescura. Não, não é – e o preço da Edição Regular em Blu-Ray é de 150 dólares pelos três volumes -; cobrar o equivalente de sete a dez volumes de manga por doze episódios pode ser muita coisa – mas justo está longe de ser uma palavra válida aqui. Não faz sentido pagar esse preço se não for hardcore, colecionador e tiver vontade de ter a caixa como um verdadeiro troféu na sua estante; afinal não é isso que muitos fazem com manga?
Agora vale pensarmos um pouco em qual ponto de vista que está sendo abordado aqui – será mesmo que precisamos pensar somente no mercado de anime [e manga] sob o viés da compra? Muitos aqui, especialmente os mais velhos, cansaram de antes do advento da internet de banda larga alugarem filmes – paga-se um preço menor para assistir uma obra durante certo intervalo de tempo; gostou e quer reassisti-la – alugue-a de novo, oras!
E em uma era aonde os meios físicos de distribuição de entretenimento vão tornando-se paulatinamente menos importantes cresce a chamada distribuição digital – e termos como iTunes e Steam cada vez mais tornam-se parte de nossas vidas – vale lembrar que também o modelo de negócio do aluguel foi praticamente refeito de acordo com as possibilidades agora presentes.
E assim o Netflix, locadora americana que começou utilizando um sistema de aluguel via correios, tornou-se um gigante do streaming pago: ao pagar uma mensalidade [na versão brasileira, de quinze reais] você tem amplo acesso a um razoavelmente variado catálogo que pode assistir na hora e jeito que achar melhor, só precisando ter acesso a internet [de preferência bom de uma maneira que o Brasil não costuma proporcionar].
Já em animes temos – além do apenas razoável catálogo de animes aqui no Brasil via Netflix – o CrunchyRoll, que promete algum dia chegar aqui em já amplamente divulgada parceria com a editora brasileira de mangas JBC.
Mas fora daqui este já é uma realidade que conta com aproximadamente setenta mil assinantes dispostos a pagar sete dólares pelo direito de ver dos infinitos Fairy Tail e Naruto Shippuuden as mais novas novidades da temporada como Another, Chihayafuru e Nisemonogatari logo após a primeira transmissão [no Japão, mesmo um anime que passa de madrugada é transmitido ao menos em cinco horários diferentes - muitos via canais UHF].
E quem não quer pagar pelo serviço e não possui exatamente pressa para vê-lo pode legalmente assistir seu anime favorito apenas sete dias depois do episódio ter sido lançado neste, o que além de ser justo acaba sendo uma porta de entrada para muitos usuários neste tipo de sistema de negócios conhecido como freemium [free + premium; de graça + luxos [para quem pagar]].
Além de outras empresas firmes lá fora [especialmente a parceria estabelecida entre FUNimation e NicoNico Douga], há certo mercado também para concorrentes menores como o The Anime Network [que mesmo assim tem os direitos sobre Persona 4 the Animation], há também inúmeros sites que fazem streaming por vias ilegais; oras, se até no Brasil, terra maldita aonde temos uma das piores internet entre os países emergentes, muitos já se utilizam desse recurso, aonde a conexão é estável o bastante este futuro já virou presente.
Um dia, quando houve o chamado boom do anime no Ocidente, houve uma pequena chance de se vender anime em DVD no Brasil, de formarmos um mercado menor mas que – mesmo capenga – funcionasse. Como os mangas funcionam por aqui. Mas a janela fechou, provavelmente para sempre, e o futuro agora é tentar apoiar-se nesta nova construção da forma na qual o brasileiro – e o ser humano contemporâneo – consume entretenimento.
Ainda há o mercado internacional para os colecionadores existentes apoiarem-se, mas a tendência é de, cada vez mais, estes formatos ultra-luxuosos focados para poucos tornarem-se a nova regra.
P.S.: Para quem conhece inglês, vale dar uma lida na série de artigos do Anime News Network entitulada The Anime Economy, principalmente este último, que explica de forma detalhada como DVDs – também os de anime – se tornaram algo do passado de um ponto de vista da lógica do consumidor.

"De fã para fã" criou e matou o mercado de animes?

MERCADO DE ANIME NO BRASIL SEM VALORES REALIDADE.

Brasil Matou a Cultura do Anime.


Não vou colar a matéria aqui, cliquem no link abaixo para ver. Vale a pena gastar 10 minutos do seu dia para ler e meditar.

http://gyabbo.wordpress.com/2012/01/26/o-de-fa-para-fa-criou-e-matou-a-possibilidade-de-um-mercado-de-animes-no-brasil/#more-5036

O que achei mais interessante na matéria é que, de certa forma, nos EUA a situação dos animes é melhor do que aqui no Brasil. Isso porque as empresas de lá souberam aproveitar a explosão do interesse por coisas japonesas que os fansubs criaram. Já aqui, houve uma explosão igual, mas ninguém soube aproveitar. E agora que nos acostumamos com os fansubs, como o autor da matéria disse, fica difícil alguma empresa se interessar em algum anime novo, já que assim que o mesmo for anunciado todos vão baixar na internet e ver primeiro.

Outra coisa da matéria que achei interessante é como o termo "de fã para fã" mudou com o tempo... Felizmente posso dizer que a Pokémon Mythology ainda segue o significado original. Ao contrário de fansubs que hoje tentam ganhar algum lucro, a staff da PM nunca ganhou um centavo sequer. Nem mesmo temos propagandas no site (aqui no fórum existe no topo, mas colocamos apenas para agradecer o Forumeiros por nos dar um endereço ".org". Nenhum admin ganha dinheiro com aquela propaganda). E inclusive já gastamos do nosso próprio bolso para aumentar as funcionalidades do site e organizar concursos (como o de AMVs).

A decadência do mercado de animês e mangás no Brasil! Apontando possíveis soluções!


A decadência do mercado de animês e mangás no Brasil. Apontando soluções!

 
    É fato que o mercado de animês e mangás se retraiu no Brasil. A situação é séria, como mostram os textos do Papo de Budega e do Gyaboo em relação, respectivamente, aos animês e mangás. O que me causa tristeza, pois vi a ascendência deste mercado, na época em que Cavaleiros do Zodíaco levou mais de 500 mil pessoas aos cinemas, com o filme A Batalha de Abel e, além disso, fiz minha monografia baseada na influência dos mangás em nossos quadrinhos (Mangá Tropical- Um estudo de Caso).

    Como se justifica essa queda? Falta de investimentos na área, falta de interesse do público que migrou para outros programas e falta de cuidado (na melhor expressão) dos detentores dos direitos, tanto aqui no Brasil quanto no Japão. Sim, os japoneses tem culpa pois não sabem trabalhar no nosso mercado. Exemplos disso não faltam. Os executivos da Toei nadam em dinheiro (clique para ver) em seu país de origem, tendo sucessos garantidos como One Piece e Precure, mas autorizam o lançamento, no ocidente, de uma série, na sua terceira temporada, e com uma dublagem antiga horripilante (Sailor Moon S) negando-nos o direito da redublagem. Fora o caso Blue Dragon (dublagem em Miami) e Dragon Ball Kai (Senhor Popo azul? O que é isso?). Fora que o mercado de mangás começou um revival que poderia nos fazer temer pelo futuro dos quadrinhos japoneses no Brasil, principalmente pela qualidade do papel apresentado. Cliquem no Gyaboo para ver essa polêmica.

    Podemos ficar debatendo tudo isso, mas quero que meu texto aponte em uma outra direção. Quero, com este texto, apontar um possível caminho a se seguir, para evitar ainda mais a decadência e a conseguinte recessão do mercado. Na Administração existe o jargão que diz que podemos apontar os erros, mas temos que ter a solução para eles. O meu texto vai tentar apontar possíveis soluções para este tema: decadência do mercado de animês e mangás no Brasil.

   
 PÚBLICO-ALVO: JOVENS E JOVENS-ADULTOS!

    Comecemos, então, pelo público. O Ibope Media 2010 nos mostra uma mudança no comportamento dos jovens. Eles estão mais tempo no computador. Está certo que a tv aberta é o meio com a maior penetração em nosso mercado, mas a internet não está fazendo feio e já possui 56% de penetração. Todos os produtos requerem uma vitrine para serem expostos e venderem bem. Se a maior vitrine está se fechando (televisão aberta), então procuremos aonde estão os jovens em outra vitrine (internet). O público jovem (12 a 17 anos) que usa a internet é de 22% da população que acessa o meio. Se somarmos a isso os jovens-adultos, de 25 a 34 anos, atingimos uma vitrine de 48% de um total superior a 52 milhões de pessoas. É interessante este meio de vender um produto (animês e mangás).

BANDA LARGA- DADOS DO SETOR

    Segundo a ABTA, a banda larga no Brasil atingiu, ao final de 2011, o número de 4.6 milhões de assinantes. Notem que isso é o número de assinantes, então podem multiplicar esse número por, no mínimo três (família), para se ter uma noção dos que possuem internet banda larga residencial. Todavia este número está incompleto, pois falta os dados daqueles que acessam a internet de maneira móvel, isto é, internet banda-larga móvel (principalmente 3G). E isto nos mostra os dados da União internacional de Telecomunicações.

    Tela Viva News nos conta que “segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT), a banda larga móvel crescerá 26% em 2011 no mundo, o triplo em relação ao aumento da base da banda larga fixa durante o mesmo período. Esse crescimento se reflete no Brasil, que, de acordo com o Balanço Huawei de Banda Larga, divulgado nesta quarta-feira, 14, deve terminar este ano com uma base de 38 milhões de acessos móveis, contra 17 milhões de conexões banda larga fixas”.

    E o mercado já nos aponta uma direção, pois “as vendas de TVs estão em declínio nos EUA, e neste ano serão comercializadas mais unidades de tablets do que de aparelhos de TV no país. As informações são do diretor de análise da indústria da CEA (Consumer Electronics Association), Steve Koenig, que falou nesta segunda, 9, durante o CES, em Las Vegas. (…) foram vendidos 30 milhões de tablets em 2011 nos EUA, e a associação da indústria de eletrônica de consumo prevê que em 2015 as vendas anuais cheguem a 50 milhões de unidades. ‘É o produto de crescimento mais rápido da história da eletrônica de consumo’, conta Koenig, ‘e terá muito impacto sobre a venda de TVs’, completa. Ele lembra que no último Natal americano o Kindle Fire foi um dos presentes mais comprados. E estes tablets, segundo pesquisa da associação, são usados principalmente para o consumo de filmes, música, games e videoconferência, nesta ordem”.  O destaque é meu para mostrar o ponto no qual quero chegar com este texto.

    A qualidade da banda-larga no país, segundo pesquisa realizada em 2010 pela universidade de Oxford, e coordenada pela Cisco, nos mostrou que o Brasil possui, em média, 3,39 Mbps de download, 449 Kbps (kilobits por segundo) de upload e latência de 110 milésimos de segundo. Apesar da qualidade estar abaixo do desejável, ela não interfere potencialmente para bloquear o avanço da internet. Já o governo trabalha para melhorar o setor e nos mostra uma quantidade de medidas para tentar aumentar a qualidade- site Baboo!

ESTRATÉGIAS PARA 2012

    Quem não ousa, e não muda, acaba perecendo, ou sendo engolido por quem mudou.  A internet, a banda larga, os aparelhos móveis e os dados aqui mostrados podem nos orientar para um novo caminho distante da necessidade da televisão, das bancas de jornais e dos distribuidores que levam um percentual alto na venda dos mangás. Samurai X, Cavaleiros do Zodíaco e tantos outros mangás foram influenciados pela exibição de suas séries em tv aberta e alcançaram grandes êxitos em vendas de quadrinhos. Isso é fato. Entretanto, o mercado mudou. Os jovens estão mais tempo no computador, ou ao celular. Redes de Wi-Fi com boa velocidade estão se espalhando pelos centros urbanos. O governo espera melhorar a qualidade da velocidade e conexão até a Copa de 2014 e isso é fato necessário para alavancar bilhões de dólares em Comunicação, por isso o interesse do governo nesse assunto. Além disso, os aparelhos móveis (celulares e tablets) têm vendido excelentemente bem. Então, vamos usar a internet da seguinte maneira:



Animês- Streaming TV

    O Crunchyroll, segundo release da Tv Tokyo (parceira do website) possui cerca de 1 milhão de visitas por mês e tem cerca de 70 mil assinantes. A tecnologia usada pelo site garante boa exibição de animês pela faixa de 3 Mb. E é a média da qualidade brasileira, então pode-se usar para difundir a animação japonesa. Com um trabalho dedicado nesse quesito, os jovens podem ter um primeiro contato com as séries. Este primeiro contato já garantirá dados para uma possível venda destes materiais em dvds e  firmar parcerias para vendas de produtos relacionados (mochilas, cadernos, bonecos e afins). O website Crunchyroll não é a única streaming tv que existe, pois já temos o site NetFlix que já separa seu conteúdo por animação e pode-se usar outras streamings como Nico Nico, The Anime Network, Muu e etc… Usem, então, a internet para um primeiro contato oficial do público com a obra e posterior coleta de dados para as vendas. Dependendo, talvez o sucesso de alguma série venha a interessar algum canal de televisão aberta.

Mangás- um trabalho melhor.

    Vamos considerar que a produção de mangás, com a qualidade que os leitores merecem, não esteja sendo possível a preço baixo. Ao comprar Solanin da L&PM, a R$15,00, eu passei a desacreditar nessa hipótese. Mas vamos lá. Vamos cortar custos e revolucionar o mercado. Segundo a jornalista e Comunicadora Sandra Monte (Papo de Budega) edita-se cerca de 15 mil exemplares por volume de obra. Se a produção for realmente baixa, pode-se usar o serviço de gráficas por demanda, isto é, deixa-se para trás a necessidade de estoque e passa-se a editar assim que um leitor compre o volume. Com entrega especial pelo correio, sem a necessidade de distribuidor em bancas, que ficam com cerca de 30% a 40% do preço de capa, consegue-se baratear a produção. Compra-se pelo site da editora, imprime-se assim que se confirme o pagamento e envia-se pelo correio, com código de rastreamento. Com isso, pode-se até criar uma lista de assinaturas mensais dos mangás. E o sistema “sob demanda” ainda proporciona outra vantagem, porque o leitor pode escolher o tipo de papel e qualidade de capa que deseja para o seu mangá, ou seja, vai ao gosto do cliente. 

    Ainda não entendo a relutância dos japoneses em adotar o sistema de e-readers. Os e-books são baratos, veja só o exemplo no site da PerSe, pois meu livro digital é incrivelmente mais barato que o impresso. É medo de pirataria? Existem diversos códigos de proteção digital para obras. Basta usar uma. Com um mangá digital (já existem vários mangás nacionais que usam o sistema virtual para serem distribuídos) barato pode-se aumentar as vendas pelo simples fato que o leitor terá mais dinheiro para comprar outros títulos.

CONCLUINDO

    Trabalhada adequadamente a internet passa de vilã a amiga. Animês e mangás podem ser distribuídos inicialmente nesta vitrine e ajudar a aquecer este mercado em crise. Mas nada supera a propaganda e o trabalho em conjunto. Unir-se a outras empresas para financiar um produto de maneira decente, assim como fazem os executivos da Disney e Hasbro, é importantíssimo para não fazer esse mercado encolher ainda mais. São estes toques que eu queria dar. Desculpem-me por escrever tanto e espero que 2012 seja um ano de recuperação para a indústria. Desculpem esse imenso desabafo! Desculpem!

MERCADO DE ANIME PERDE ESPAÇO NO BRASIL


Mercado de animes no Brasil: desinteresse das empresas?

Navegantes,
Lembram que mencionei dias atrás que algo me chamou a atenção no mundo dos animes no Brasil? Então... Há quase duas semanas houve um evento de licenciamento em São Paulo. O mesmo era direcionado a quem quisesse participar! Algumas figuras importantes do mercado em geral foram conhecer e saber mais como está o mundo do entretenimento. O que me chamou a atenção...?
Praticamente não havia ninguém do mundo dos animes no local... Só estava a Creative Licensing, representante nacional deNaruto. Não havia a editora responsável pelo anime Yasai no Yousei: N.Y. Salad, não haviam outras editoras da área... E nem empresa. Ou seja, parece que ninguém no meio está interessado em conhecer outras experiências, outras formas de comercialização e divulgação.
Isso é ruim Sandra? Para mim é. Aprende-se muito ouvindo umaWarner, uma Walmart ou um Habib´s... Sei que algumas "empresas" leem meus comentários, já deixaram isso claro em outras ocasiões. Então, fica a dica: procurem conversar e participar destas coisas para aprender e marcar presença! Afinal, esta é uma "regra" do marketing atual... Até mesmo para vender seu produto. O que mais vi foram trocas de cartões e conversas do tipo: "vamos conversar..."
E só para constar, neste mesmo fórum, ficou claro que a Warner vai trabalhar forte em seu anime: Thundercats. A empresa está se organizando para isso. Alguém duvida que não fará sucesso?

sábado, 19 de maio de 2012

Antes e Depois: Jaspion, Changeman, Jiraya, Flashman, Cybercops, Kamen Rider, Winspector e entre outros


Seriados Marcantes dos tempos passados, só Saudades do Tempo que não volta Mais... Personagens de Series Marcantes da Tv, Nacional e internacional.


  1. DICAS VALIOSAS PARA DESENHISTAS INICIANTES 01

      

    Recebi vários pedidos de inscrição de desenhistas e ilustradores, como colaboradores. Isso por causa da minha procura por desenhistas e ilustradores para o repasse de trabalhos que eu porventura não possa executá-los. Pois, existem situações em que você não pode pegar um serviço, e para não deixar o cliente potencial na mão, convém que passe a encomenda para quem que esteja disposto a efetuar o serviço.
    Alguns desses pedidos, porém, eram de iniciantes inexperientes, cujos trabalhos estavam muito aquém do que é exigido no mercado. No entanto, me surpreenderam pelo interesse em aperfeiçoar-se na arte e realizar-se como desenhista ou ilustrador. Percebi que a maioria são jovens (possivelmente na fase de adolescência ou depois), e que tinham pouca ou nenhuma base teórica e/ou prática em desenho. Resolvi então, postar aqui algumas dicas valiosas, e que já tinha dado para um dos interessados por E-mail.
    IMPORTANTE: Essas dicas não são para serem seguidas à risca. E sim, apenas uma sugestão ou idéias. Elas seguem uma linha de raciocínio e tendência: A minha visão do que seja uma realização em Artes. Você pode não concordá-las, mas por favor, leia-as na íntegra. Creio que alguma coisa pode lhe ser útil.
    Em primeiro lugar, você deve saber de que um bom curso de desenho ou de arte não forma um bom desenhista, ilustrador ou artista plástico. Pois isso depende de cada um de nós. Depende da tua vocação, interesse, habilidades etc. Mesmo que não tenha as habilidades, pode adquiri-las. Mas o mais importante é o interesse em realizar-se nessa área. E principalmente a paixão. Isto é, o grande prazer em assumir e realizar-se como tal. Porque o verdadeiro diploma de um desenhista, ilustrador ou artista plástico não é aquele que ele adquire em uma escola ou faculdade, e sim, os seus trabalhos apresentados. São eles que atestam a sua qualidade e o talento.
    Em segundo lugar, todo bom desenhista, ilustrador e principalmente artista plástico é um autodidata. Mesmo quando ele fez cursos específicos, foi para adquirir certas habilidades ou esclarecer certas dúvidas, e que de outra forma não seria possível. Mas em geral, ele mesmo toma as iniciativas no seu próprio aprendizado de novas técnicas e habilidades. Porque a Arte é essencialmente experimental e momentos de descobertas. Logo, você só se realiza através de experiências e de modelos assimilados.
    Modelos aí significam características dos objetos do mundo real, e que precisam ser assimilados (absorvidos) na nossa mente, tornando-se recorrentes para as nossas realizações como artistas. Vão deste texturas, brilhos e formatos de pedras, madeiras, sombras, metais, cristais etc., até figuras humanas, de animais, anatomias e outras. Razão porque um bom desenhista deva andar com um caderno de desenho ou sketchbook, acompanhado de um instrumento de desenho - um lápis, de preferência, e sempre grudado nele.
    Essa assimilação não significa cópias, e sim, formas de interpretração e exercícios de percepção. Do contrário, você não terá substrato para fazer algo mais “sólido”, “firme”, nos teus trabalhos. Mesmo que a tua intenção seja de fazer as artes abstratas, expressionistas etc., você precisa primeiramente de uma base...
    E certamente um sketchbook não serve apenas para captar e interpretar o mundo exterior. Ele serve, e muito mais, para desenvolver e expor as nossas idéias.
    Na verdade, quando o desenhista precisa fazer um curso, é mais para entrar em contato com os colegas do que em adquirir as novas habilidades ou esclarecer certas dúvidas. Evidentemente que a finalidade era essa. Mas o contato é igualmente importante. Pois, geralmente a sua profissão é um pouco solitária. Principalmentequando trabalha como freelancer (autônomo).
    Contatos para trocas de idéias, o uso do sketch no dia-a-dia, os aprendizados pessoais etc. Somados com a experiência pessoal, é o que faz o grande diferencial, e que valoriza o desenhista ilustrador ou artista plástico. Não importa em que condições você se encontra. Nem se a tua experiência pessoal foi um sucesso ou não. Sempre enriquece. Mesmo sendo uma vida de fracassos.
    O meu caso por exemplo: Eu desenhava desde pequeno (lá por volta de 6 ou 7 anos de idade). E as minhas primeiras “esculturas” eram as marcas de rodas dos carrinhos (os “matchbox”) sobre uma parede caiada de gesso (experiências com materiais), além de montagens de casinhas com cartolina. Isso ocorreu porque eu estava no primeiro ano da escola (ensino básico), e via os colegas do segundo ano a montar os cubos, cilindros e cones de cartolina, o que me despertou a curiosidade de querer fazer algo parecido. Mas eu estava no primeiro ano, e tinha de ser alfabetizado. Catei então, os restos de cartolina que a turma do segundo ano deixara cair das carteiras, e fiz uma casinha... Aliás, creio que nunca montei um cubo...
    Praticamente desenhei durante a infância e a adolescência. Mas depois de uma exposição do Clube de Ilustradores no MASP (Museu de Arte de São Paulo), isso na segunda metade da década de 70, é que comecei a levar mais a sério o desenho e a pintura. Pesquisei então os livros das bibliotecas disponíveis. E depois, adquiri os materiais. Eu queria repetir aqueles trabalhos que me fascinaram.
    Foi assim que descobri o lápis a carvão, sangüínea, fusain, pastel (do tipo seco e a óleo), bico-de-pena, além de composição, equilíbrio, perspectiva etc. Lápis de cor e aquarela porém, todo mundo já usou desde pequeno. Portanto, dispensa-se de comentários. Mas cada material que eu adquiria, fui experimentando-as nos meus desenhos.
    E acabei adotando o pastel do tipo seco, porque dava, a meu ver, os mesmos resultados das nuanças que eu via nas admiráveis ilustrações da exposição. Só bem mais tarde, quando comecei a trabalhar em um estúdio, é que fiquei sabendo que o efeito dessas nuanças era conseguido através do bendito aerógrafo. Não tinha nada a ver com os pastéis do tipo seco, ou a óleo, fusain, sangüínea, carvão etc.
    OU SEJA: Não importa em que estágio você está, ou talvez esteja apenas no começo, e não tenha nenhuma base. Acontece que houve um momento em que você decidiu fazer algo, e deu aquele estalo (ou pontapé inicial). E começa o processo enriquecedor. É daí que deve aproveitar a cada momento que vai enriquecer a tua experiência pessoal. O que te fará diferente dos demais. E essa diferença tornará parte do teu estilo e formação como artista. Razão porque não deve desistir. Jamais. Porque se você teve a paixão (ou alguma) naquilo que resolveu fazer, deve então prosseguir. E mesmo que um dia essa paixão se extinguir, pelo menos uma fase da tua vida se enriqueceu.

    Os clássicos

    Muitos dos trabalhos apresentados carecem de uma estrutura básica, como as proporções certas das figuras, do equilíbrio da composição, do domínio de certos instrumentos e técnicas... A maioria dos trabalhos foram feitos a lápis.
    Porém, para entrar no mercado de desenho e ilustração, ou simplesmente para realizar-se como um bom artista, é preciso antes uma boa estruturação ou embasamento. Além de princípios e rigor estético, e conhecimentos em várias áreas das artes plásticas.
    Nunca vou esquecer do “trabalho” feito por um jovem rapaz, e que ficava exposto em uma banca de revistas encalhadas, no centro da cidade. A intenção era de vendê-lo. Imagino que o responsável da banca permitiu essa exposição por uma questão de amizade. Porque a “arte” era simplesmente horrorosa. Talvez por causa disso, muitos “adotaram” à pintura abstrata, diferenciada, alienada etc., e se considerava um “incompreendido”.
    Na verdade, Arte é coisa séria. E poucos sabem fazê-la.
    O que faltou são as referências, os exemplos dos clássicos: Leonardo da Vinci, Michelangelo e outras figuras do Renascimentos, principalmente para os estudos anatômicos do corpo humano, as perspectivas e composição. E depois, as escolas, como o academismo, o expressionismo, o primitivismo etc., para a visão de outras formas de realização em artes.
    Por que os clássicos? Simplesmente porque essas figuras citadas, mesmo que não sejam do nosso tempo, chegaram ao limite da observação e da perfeição estética, até aonde podiam. Portanto, são boas referências para sabermos aonde estamos pisando. Além disso...
    Para a realização em qualquer área ou campo do desenho, ilustração ou nas artes plásticas é preciso passar por fases de amadurecimento e formação, e adquirir certos conhecimentos (em graus maiores ou menores). Não importa qual o estilo adotado, o artista precisa ter pelo menos os conhecimentos mínimos em:
    • Geometria.
    • Composição.
    • Perspectiva.
    • Luz, sombra e contrastes.
    • Teoria das cores.
    • Anatomia humana (e dos animais).
    • Possivelmente outros não citados.
    ...e ter experimentado outros estilos de desenhos (alguns). Não superficialmente, mas pelo menos um pouco mais a fundo.O caso da anatomia humana: Se você não conhece as noções básicas, pode ter a certeza que vai cometer os erros, e facilmente visíveis. Aqui eu faço a minha observação: Quando recebo os trabalhos de desenhistas, e que tenham figuras humanas, estas são as primeiras a serem avaliadas. De onde tiro a conclusão se o sujeito de fato é bom ou não. Principalmente se tiver retratos. Justamente aonde os defeitos são bem mais visíveis.
    PIOR! Muitos não sabem, mas bons desenhistas e ilustradores não fazem retratos a partir de fotografias. E se fizeram, não vão expor nos seus portfolios. A razão? É muito simples: Um desenhista é o profissional que projeta o que ele vê, capta e interpreta do mundo real para uma superfície plana. E o mundo real é em 3D (três dimensões). Na verdade, são quatro dimensões, sendo o quarto o tempo. E isso é muito enriquecedor. Porque ele está dentro de um espaço tridimensional, e em ação. Logo, ele interage com o mundo que o cerca. Ora, a foto é na verdade uma superfície plana. Ou seja, em 2D. E que já é a projeção de uma realidade que deixou de existir. Então, muito se perde nela.
    Percebo muitas vezes quando um retrato é tirado de uma fotografia, e quando não é. Quando o desenhista faz o retrato a partir de um modelo real, ele capta e interpreta os traços a partir do que seus olhos vêem. Na foto porém, ele estará captando esses traços a partir do que foi impresso lá. E fica preso a isso.
    Cheguei a fazer retratos a partir de fotografia sim. Três talvez, e foi antes da minha profissionalização. As garotas da escola aonde eu estudava pediam para fazer seus retratos a partir das fotos 3x4. Foi no ensino médio. E depois, nunca mais. Durante a minha carreira, fiz os retratos dos colegas de trabalho a partir de observações diretas. E muitas vezes eles nem percebiam o que eu estava fazendo.
    Fico pensando de onde veio essa idéia de fazer retratos a partir de fotos. Será que foi a inspiração de algum desenhista-camelôs, e que tentou repetir o processo fotográfico com o lápis? Ou pior ainda: Com lápis carvão? Alguns até tentam o uso da sangüínea (viragem sépia em fotografia?). E outros chegam a fazer colorido. Idéia meio besta. Se fosse assim, não teria o sentido o uso da fotografia.
    Com isso, materiais como o lápis carvão, a sangüínea e outros ficam sub-utilizados. Basta comparar com os retrados feitos por Leonardo da Vinci e outros grandes pintores, para ver a grande diferença. Tudo bem que eram gênios. Mas servem de referências. E o pior é que isso torna-se em um círculo vicioso: Quando se usa esses materiais para fazer fotocópias de cópias fotográficas, deixam de explorá-los de maneira adequada. E se condicionam a isso, achando que é a forma correta de usá-los. E vão passando para os outros, que imitam por“osmose” (afinal, aqui tudo se imita), e sem pensar.
    Certamente que a fotografia é muito útil. Por exemplo, para captar certos cenários, e de maneira rápida, e que serão usados como referências. Ou certas texturas, brilhos, formações: As rochas, os metais, as estruturas complexas, as paisagens, composições das nuvens etc. Ou certos efeitos, e que não consegue captar a olho nu: Respingos de água, choques de objetos, fluidos em movimentos rápidos e outros.
    Mas você quer ser um bom desenhista, ou ilustrador ou artista plástico? Então, procure captar a realidade que te cerca, observando diretamente os modelos vivos, retratando as pessoas e seus rostos. É mais humano e emocionante.
    De resto, não precisa ser um Michelangelo, um Rafael ou um Rodin. Basta conhecer os princípios básicos do desenho do corpo humano. E com o tempo, adquirir a liberdade de se expressar nele.
    Além dos conhecimentos teóricos citados acima, o artista precisa ter familiaridade com certos instrumentos e materiais:
    • O lápis é por excelência a ferramenta do desenhista. Dê a preferência a lápis do que a lapiseira. Sei que cada um tem o seu estilo, e essa minha opinião pode ser um juízo de valor. Mas é por experiência mesmo. No começo da minha carreira profissional como desenhista, eu usava as lapiseiras, e daquelas um pouco pesadas. E depois, tentei adotar as lapiseiras 0,5 e 0,9 mm. Só bem mais tarde é que descobri que não há nada melhor do que um simples e bom lápis. Porque você sente o material sendo aplicado no papel. Uma lapiseira nem tanto. Também com o tempo, entendi porque os meus colegas que desenhavam o Fantasma, Tarzan etc., e que eram bem mais velhos do que eu, preferiram o lápis. Além disso, não importa se você é um expert no Photoshop, no Corel Draw, no Blender ou no 3D Studio, na hora de esboçar uma idéia, não há nada melhor do que um simples lápis e um bloquinho de desenho.
    • Sketchbook (ou o tal do bloquinho de desenho) é o caderno de anotações do desenhista. Ele o leva aonde for, e com ele vai esboçando: Em casa, na rua, dentro do ônibus, na praça, na cidade etc. Você até pode pensar em um tablet. Mas o dia em que o aparelho cair e quebrar, ficará sem ele (isto é, se não for roubado). Além disso, com um sketch você pode experimentar vários materiais... Veja o artigo sobre sketchbook (já citado).
    • Desenhos a carvão, pastel, bico-de-pena, têmpera, aquarela etc. são os próximos passos do desenhista, além dos traços à lápis. Cada forma de expressão tem suas características próprias, e enriquecem o artista. Uma vez comentei com um nissei sobre as características da pintura convencional, e ele retrucou que tudo podia ser feito com o Photoshop. Tentei convencê-lo de que não é a mesma coisa. Não adiantou nada.
    • Vários tipos de papéis - Cada um com as suas características. Pouca gente sabe que o pastel do tipo oleoso, e aplicado sobre um desenho a nanquim sobre o papel vegetal, consegue um efeito delicado e bonito, e que os arquitetos muito apreciam. Ou que uma pintura aquarela sobre um papel especial para isso, pode superar em sutileza e beleza a uma pintura a óleo. Mas não se compara, porque são técnicas diferentes.
    Esses materiais citados não são necessariamente de uso comercial. Isto é, para o acabamento das artes a serem comercializadas. Se bem que podem ser usado para esse fim. Na realidade, servem mais para a formação e o enriquecimento do artista. Para a finalidade comercial, geralmente são aceitos os seguintes:
    • Bico de pena - Muitas vezes confunde-se com as canetas a nanquim do tipo técnico. Hoje em dia usa-se as descartáveis. Na verdade os resultados são diferentes. Convém que tenha os dois tipos: As tradicionais penas de metal, e as canetas (sejam descartáveis ou não). Servem mais para: Ilustrações para livros, logotipos, quadrinhos, charges, caricaturas etc. Também muito utilizado para fazer fotolitos para silkscreen (serigrafia).
    • Ecolines, guaches, tinta acrílica ou aquarelas - Esse último pode ser em um pequeno e prático estojo. Cada material tem seus resultados específicos. Usados em ilustrações em geral.
    • Marcadores e tinta spray em lata - Para grafitagens... Sim, tem mercado para esse tipo de arte, e não é pouco. Vai desde capacetes para motos, veículos e sabe mais o quê. Os profissionais podem trabalhar desde o simples aerógrafo até a pistola de tinta com o compressor, para fazer os murais.
    • Arte digital - É bastante vasto. Vai desde o uso do Photoshop (ou similares) para ilustrações diretas ou retocagens, passando para as artes vetorizadas através do CorelDraw, Ilustrator ou InkScape, muito utilizado para a criação de logotipos e artes para estampagens em camisetas. E chegando às ilustrações em 3D e animações. Nesse caso, você faz o uso de programas como o 3D Studio, Blender, AutoCAD, UDK etc. Tem mercado sim, para essas áreas. Desde animações até os jogos de ação. Porém, a base sempre foi a mesma: Uma sólida formação, e que citei acima.
    • Técnicas mistas, colagens etc. - Onde o artista faz o uso de vários meios de expressão. Se você chegou a esse nível, então pode-se considerar que deixou de ser um desenhista ilustrador, e passou a ser um artista plástico.
    Evidentemente que essa classificação é um pouco arbitrária (mas nem tanto), uma vez que depende, e muito, do estilo do desenhista, ou ilustrador ou artista plástico. E do resultado proposto no seu trabalho, e que é aceito pelo seu cliente. Um belo exemplo é o trabalho de Yulia Brodskaya. Pois, o que vale mesmo é a beleza conseguido e o seu efeito sobre os outros.